- Juliana Biancard
Estariam os ionóforos com os dias contados?
A pecuária de corte no Brasil ainda constantemente em busca de melhores índices em
termos de produtividade e precocidade do rebanho. Devido a isso, o uso de dos
chamados aditivos de produção vem apresentando relevantes contribuições à criação
e nutrição de animais, entre eles, a classe de ionóforos que tem como a monensina
seu representante mais conhecido.
Essas substâncias utilizadas em condições adequadas de manejo permitem que se
atinjam melhores índices de crescimento, conversão alimentar e de produção. Além
disso, o uso de ionóforos está relacionado a melhora das qualidades organolépticas da
carne.
No entanto existe uma grande preocupação de que o uso generalizado dos
antibióticos na produção animal leve ao surgimento de microrganismos resistentes, no
qual transmitiria e comprometeria a ação terapêutica dos antibióticos em humanos.
Por isso, a utilização de antibióticos e outros aditivos sintéticos como promotores de
crescimento na alimentação animal estão sendo banidos da União Europeia desde
2006 pela EFSA (Autoridade Europeia da Segurança do Alimento). Diante disso,
alguns estudos preliminares vêm sendo realizados com substâncias naturais como os
óleos essenciais como alternativas aos antibióticos, sugerindo efeitos positivos no
perfil de fermentação da microbiota ruminal e promovendo um aumento promissor
tanto no ganho médio diário dos animais como na redução do metano.
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